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Crack: Uma Epidemia Nacional

Por Paulo Víctor

O crack tem tomado o complexo da lagoinha de forma absurda. Não existe hora ou lugar para o consumo, e a presença tímida da polícia parece não intimidar os viciados. A pedagoga Verônica Stela nos disse já ter sido roubada por duas vezes por pessoas que estavam visivelmente alteradas pelo uso da droga. Nos disse também que o policiamento é muito fraco, e que mesmo com a polícia no local, o consumo é ao ”ar livre”. Ela diz se sentir intimidada ao andar pelo bairro em meio aos usuários de droga.

Segundo o conselho federal de medicina o crack já é considerado uma epidemia nacional. Stela completou dizendo que é impressionante o número de crianças e adolescentes que são usuários da droga, e que é algo muito triste de se ver.

De acordo com uma pesquisa divulgada em agosto de 2010, pelo Centro de Pesquisas em Segurança Pública (Cepesp) da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), o primeiro registro da droga, conhecida como “pedra do mal”,  em Belo Horizonte foi em 1994. A partir daí, a droga tem se espalhado pelo resto de BH, mas tendo como principal ponto a Lagoinha.

A situação já é desesperadora, não só no bairro da lagoinha, mas no Brasil inteiro. “O que fazer?”, perguntamos ao estudante de Comunicação Social Integrada, Hugo César, da PUC Minas, campus São Gabriel. Ele nos disse que o desafio é criar uma grande frente de saúde pública, comprometida com o tratamento, a recuperação e a reinserção dos muitas de crianças, jovens e adultos, machucados pelo crack. Mas apenas essa atitude não basta, superar o vício não é fácil e requer, além de ajuda profissional, muita força de vontade por parte da pessoa, além do apoio familiar.

Local em condições sub humanas em que usuários de crack aliementam o vício.

Imagem do local conhecido como cracolândia.

Pessoas fazendo o uso do crack, próximo ao viaduto Senegal.
Fotos: Patrick Lima

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