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O MERCADO CENTRAL HOJE

O Mercado Central hoje

Por: Elis Captein

Uma mistura de religiosidade, cultura popular, tradição e contemporaneidade fazem do Mercado Central de Belo Horizonte um dos cantinhos mais aconchegantes da cidade. Onde encontramos as iguarias da culinária local, moda, artesanato típico, além de inúmeros serviços distribuídos pelas mais de 400 lojas.  Podemos ressaltar também, o ponto de encontro como, bares e restaurantes com degustação de famosos tira-gostos e cerveja gelada.

Com seus 82 anos de história o Mercado Central pode ser considerado uma das grandes atrações da capital mineira. Podendo assim nos 14.000m²  conhecer um pedacinho de toda Minas Gerais. Tendo um excelente espaço para passear,comer deliciosos pratos típicos e se perder nas pequenas alamedas onde pode-se ver e comprar de quase tudo como flores, queijos, doces, souvenires, embalagens, fumo-de-corda, frutas e legumes frescos, ração humana, ervas, animais de estimação e aves. Tudo isso você encontra no Mercado Central.

O andar de cima é quase todo dedicado às lojas de artesanato e pode-se encontrar as namoradeiras tão típicas de MG. O Mercado é muito popular por seus bares com petiscos típicos como o fígado com jiló e cerveja gelada. Aos sábados e domingos há uma grande variedade de público em seus pequenos corredores.

.Se quiser investir na saúde vai ter facilidade para encontrar suplementos alimentares. No entanto, é das ervas medicinais o título das mais procuradas. São cerca de 30 lojas dedicadas aos fitoterápicos. Se a cura procurada é para a alma, além da Capela que abriga a imagem da Virgem de Fátima, são vendidos diversos artigos religiosos para as mais variadas crenças. Democracia que também se estende ao universo étnico-além de vários “pedacinhos” de Minas, o Mercado abriga pequenas representações de culturas estrangeiras. No corredor de peças vindas da Índia, você encontra também o melhor da gastronomia árabe, um dos lugares preferidos da compositora Amanda Prates.  “O kibe daqui é delicioso, diferente, feito exatamente como nos países árabes”, elogia. 

Hoje,  o Mercado Central faz parte do cotidiano de muitos mineiros de várias idades e classes sociais, tornando-se um ponto turístico de BH. É o lugar onde a identidade do mineiro se revela. O Mercado para os mineiros é uma maravilha! Não tem como explicar … Pois ele mora no coração de todos os belorizontinos. E para os turistas , não tem como vir a BH e não conhecer o Mercado. Se você já conhece…Vale voltar! Se não…Venha  conhecer a experiência é única.

A seguir, veja a entrevista com Douglas:

Foto por Patrik Lima

Foto por Patrik Lima
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Um Passeio Pela Lagoinha

O Fit BH é um festival de teatro no palco e nas ruas e está em sua 11º edição. O grupo “Naquele Bairro Encantado” se apresentou pelas ruas do bairro Lagoinha e nossa equipe acompanhou seu trabalho. Assista a reportagem:

Serenata no Episódio 2 do grupo “Naquele Bairro Encantado”.
Foto: Paulo Víctor

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Antiquários da Rua Itapeceríca

Por Paulo Víctor

Antiquário é uma loja que vende artigos antigos, como por exemplo livros raros, obras de arte, móveis, entre outras coisas. Este tipo de lojas é muito procurado por pesquisadores e colecionadores. Também é assim que se denomina a pessoa que trabalha com coleções de objetos antigos ou de uma determinada época ou de grupos de artistas ou fabricantes.

Antiquário “Velho Armazém Itapeceríca”.
Foto de Paulo Víctor.

Em Belo Horizonte, os antiquários começaram na Rua Itapeceríca, no bairro Lagoinha. Nosso grupo esteve conhecendo um pouquinho da história dos antiquários e como eles surgiram. Arley da Silva, 38, trabalha no ramo há 20 anos, e desde o começo trabalha na tradicional Rua Itapecerica. Há 4 anos ele está no “Velho Armazém Itapeceríca” cujo os donos começaram o antiquário pois tinham muitas peças guardadas de seus antepassados. Arley nos conta que desde que foram feitas as obras na Avenida Antônio Carlos, as vendas cairam em mais ou menos 80%, porém os donos dos antiquários existentes ali, não tem interesse algum de fechar as portas, pois além de um comércio, existe toda uma história por trás daquilo.

Placa do antiquário “Velho Armazém Itapeceríca”.
Foto de Paulo Víctor.

Entrevistamos também, Rosangela, que trabalha com antiquários há 25 anos. Ouviremos agora a entrevista com Rosangela:

Repórter: Paulo Víctor

Áudio: Sofia Somerlate

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Crack: Uma Epidemia Nacional

Por Paulo Víctor

O crack tem tomado o complexo da lagoinha de forma absurda. Não existe hora ou lugar para o consumo, e a presença tímida da polícia parece não intimidar os viciados. A pedagoga Verônica Stela nos disse já ter sido roubada por duas vezes por pessoas que estavam visivelmente alteradas pelo uso da droga. Nos disse também que o policiamento é muito fraco, e que mesmo com a polícia no local, o consumo é ao ”ar livre”. Ela diz se sentir intimidada ao andar pelo bairro em meio aos usuários de droga.

Segundo o conselho federal de medicina o crack já é considerado uma epidemia nacional. Stela completou dizendo que é impressionante o número de crianças e adolescentes que são usuários da droga, e que é algo muito triste de se ver.

De acordo com uma pesquisa divulgada em agosto de 2010, pelo Centro de Pesquisas em Segurança Pública (Cepesp) da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), o primeiro registro da droga, conhecida como “pedra do mal”,  em Belo Horizonte foi em 1994. A partir daí, a droga tem se espalhado pelo resto de BH, mas tendo como principal ponto a Lagoinha.

A situação já é desesperadora, não só no bairro da lagoinha, mas no Brasil inteiro. “O que fazer?”, perguntamos ao estudante de Comunicação Social Integrada, Hugo César, da PUC Minas, campus São Gabriel. Ele nos disse que o desafio é criar uma grande frente de saúde pública, comprometida com o tratamento, a recuperação e a reinserção dos muitas de crianças, jovens e adultos, machucados pelo crack. Mas apenas essa atitude não basta, superar o vício não é fácil e requer, além de ajuda profissional, muita força de vontade por parte da pessoa, além do apoio familiar.

Local em condições sub humanas em que usuários de crack aliementam o vício.

Imagem do local conhecido como cracolândia.

Pessoas fazendo o uso do crack, próximo ao viaduto Senegal.
Fotos: Patrick Lima

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Uma Nova Via Expressa

Por Sofia Somerlate

O complexo da Lagoinha conta com diversas estruturas viárias. Com o rápido crescimento da cidade de Belo Horizonte, logo, esse sistema tornou-se antiquado, necessitando assim de obras para acompanhar a demanda. A capacidade do complexo foi aumentada pelo alargamento das vias da Avenida Antônio Carlos, o que segundo Geraldo Cândido, geógrafo da Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM), diz ter contribuído para a diminuição do congestionamento do trânsito naquela região, além de resultar numa maior segurança para ele e os outros motoristas, pois como o trânsito ficava parado, quem dirigia ficava imobilizado para qualquer ataque, mas agora, com o trânsito fluindo melhor, os motoristas dirigem mais tranquilos. Essa obra foi inaugurada em 2010 e contou ainda com um projeto paisagístico.

A obra de duplicação da Antônio Carlos transformou a avenida em uma nova “Via Expressa”. A tentativa de fazer dela uma via rápida e de maior mobilidade, é um esforço para que Belo Horizonte tenha condições estruturais de receber os jogos da Copa do Mundo de 2014. Independentemente do exposto, faz-se necessário que o poder público fique em permanente acompanhamento das condições de tráfego no bairro, que faz uma ligação direta com o centro e a região Norte da cidade, não apenas nas vésperas de grandes eventos, mas sim, em um procedimento de rotina.

A obra melhorou a conexão Leste-Oeste nos dois sentidos, contribuindo com o aumento da velocidade média do tráfego em horários de pico. Ainda segundo Geraldo, nesse horário ele demora por volta de 30 minutos para chegar ao trabalho, que localiza-se no Centro da cidade, e em horário normal, gasta em torno de 10 minutos. Afirma ainda, que os horários mais complicados são dos de saída e chegada do trabalho, pela manhã e a noite.

Apesar de todas as melhorias, a cidade não tem condição de crescer junto com o número de carros que estão sendo vendidos. A sociedade precisa se concientizar e pensar em formas de diminuir o fluxo intenso de carros nas ruas como, por exemplo, passar a ir com mais de uma pessoa em um carro fazendo um rodizio de carros . Com a ajuda do governo para melhoria no sistema de transporte coletivo, poderia também ser um meio mais utilizado, tornando mais fácil para todos a locomoção dentro da cidade sem uma superlotação das vias. Com um pensamento solidário, termos uma lagoinha melhor, uma cidade melhor, um país melhor, um mundo melhor.

Saída do Viaduto da Lagoinha na Avenida Antônio Carlos, ao fundo, à esquerda, antigo prédio da UNIBH.
Foto e video de Patrick Lima


Trânsito na Avenida Antônio Carlos, próximo ao viaduto Senegal

Conversamos com Miguel Laper, 19, estudante de Engenharia Metalúrgica, que nos falou um pouco do trânsito que ele enfrenta todos os dias para ir para a faculdade.

Repórter e edição: Paulo Víctor

Filmagem: Sofia Somerlate

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Do Luxo ao Lixo

Por Sofia Somerlate

O bairro Lagoinha está tomado pelo crack. Moradores convivem em meio aos usuários de drogas devido à nenhum tipo de repressão da PM, segundo reportagem da TV Alterosa no ano de 2012. Porém não foi sempre assim. Segundo  a dona de casa Maria da Conceição, moradora do complexo a 36 anos, a Lagoinha é um dos bairros mais antigos da cidade e foi ocupada inicialmente por colonos italianos oficiais de construção civil, os quais, em grande parte, viraram comerciantes e se espalharam por toda cidade. Ela ainda afirma, que no começo, era um bairro predominantemente residencial mas dispunha de comercio na praça Vaz de Melo. Maria completa dizendo, que a Lagoinha foi um bairro tradicionalmente boêmio e ligado a literatura  (autores conhecidos residiram na Lagoinha, como Murilo Rubião, Plínio Barreto e Seixas Costa).

O bairro foi afetado após as obras do complexo viário. Ainda segundo Conceição, houve perda na qualidade de vida e trouxe maior insegurança e violência para a Lagoinha. Muitas mudanças ocorreram, como por exemplo, a grande obra com a introdução de viadutos, para facilitar e agilizar o fluxo intenso de carro que passa no local. Para Afranio Greco, dono da oficina mecânica localizada na rua Diamantina, sem dúvidas, o trânsito melhorou muito após a construção do viaduto, porém a segurança do bairro foi abalada, pois de baixo dos viadutos virou a ”casa” de muitos moradores de rua, se tornando uma verdadeira ”cracolândia”. Um fator que era pra ser positivo porém tornou ameaçador à segurança, relaciona-se ao albergue existente no bairro. Nas madrugadas, os moradores de rua e viciados em entorpecentes transitam pelo bairro em direção ao albergue, localizado na rua Diamantina, o que pode ocasionar um incômodo aos moradores e a outras pessoas que passam pelo local.

Para reverter esse quadro de degradação de grande parte do bairro, principalmente ao longo da Avenida Antonio Carlos e da rua Itapecerica, algumas iniciativas e projetos estão sendo desenvolvidos no sentido de revitalização da Lagoinha, principalmente a preservação do casario antigo, hoje tombado pelo município.

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Ponto de partida

Estamos preparando nossa primeira pauta na qual abordaremos as mudanças geográficas e demográficas  ocorridas no complexo da Lagoinha nos últimos 50 anos. A intenção dessa matéria é divulgar os diferentes pontos de vista da sociedade sobre as modificações durante esse tempo.

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Quem somos nós?

Somos estudantes de jornalismo da UNI-BH, e temos como proposta  disponibilizar conteúdos sobre informações do bairro da Lagoinha.
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